Annelisse
Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank, (Frankfurt am Main, 12 de
Junho de 1929 — Bergen-Belsen, 31 de Março de 1945) foi uma adolescente
alemã de origem judaica, que foi morta aos 15 anos em um campo de
concentração. Seu diário foi publicado pela primeira vez em 1947 e é
atualmente um dos livros mais traduzidos em todo o mundo. Nasceu em
Frankfurt am Main (Hesse), sendo a segunda filha de Otto Heinrich Frank
(12 de maio de 1889 - 19 de agosto de 1980) e de Edith Frank-Holländer
(16 de janeiro de 1900 - 6 de janeiro de 1945), uma família de patriotas
alemãs que teriam participado da Segunda Guerra Mundial. Tinha uma irmã
Margot Frank (16 de fevereiro de 1926 - março de 1945). Ela e a sua
família,(Edith, Margot e Otto Frank), juntamente com mais quatro
pessoas,(Peter, Dussel,sr. e sra. Van Daan) viveram 25 meses, durante a
Segunda Guerra Mundial, ...
num anexo de quartos por cima do
escritório do pai dela, em Amsterdã, nos Países Baixos, denominado Anexo
Secreto. Enquanto vivia no Anexo Secreto, Anne escrevia em seu diário
(que ganhou de aniversário), a que ela deu o nome de Kitty.Também houve
alguns indicios de que o diário podia ter o nome de "Finho", ou
"Assurbanipal". No diário escrevia o que sentia, pensava e o que fazia.
Kitty e,logo depois Peter eram seus únicos amigos dentro do Anexo
Secreto. Os longos meses de silêncio e medo aterrorizante, acabaram ao
ser denunciada aos nazistas e deportada para campos de concentração
nazistas.
Primeiro foi levada juntamente com a
família para uma escola e depois para Westerbork, nos Países Baixos,
antes de serem deportados para o leste da Europa. Anne Frank foi
deportada inicialmente para Auschwitz, juntamente com os pais, irmã e as
outras pessoas com quem se refugiava na casa de Amesterdã (onde hoje
existe o museu Casa de Anne Frank). Depois levaram-na para
Bergen-Belsen, juntamente com a irmã, separando-a dos pais. Em 1945,
nove meses após a sua deportação, Anne Frank morre de tifo em
Bergen-Belsen. A irmã, Margot Frank, tinha falecido também vítima do
tifo e da subnutrição dias antes de Anne. Sua morte aconteceu duas
semanas antes de o campo ser libertado. O seu diário, guardado durante a
guerra por Miep Gies, foi publicado pela primeira vez em 1947. O diário
está atualmente traduzido em 68 línguas e é um dos livros mais lidos do
mundo.
O local onde a família de Anne Frank e
outras quatro pessoas viveram para se esconder dos nazistas ficou
conhecido como Anexo Secreto e tornou-se um famoso museu após a
publicação do diário. Nesse há uma reprodução das condições em que os
moradores do Anexo Secreto viviam e é apresentada a história de seus
oito habitantes e das pessoas que os ajudaram a se esconder durante a
guerra. Um dos itens apresentados ao público é o diário escrito por
Anne, que viria a se tornar mundialmente famoso após sua morte, devido a
iniciativa de seu pai, Otto, de publicá-lo. Hoje, é um dos mais famosos
símbolos do Holocausto. Dos oito habitantes do Anexo, o único
sobrevivente após a guerra foi Otto, pai de Anne. Em 3 de abril de 1946,
o mundo conheceu a tragédia de Anne Frank, que se tornou um dos
símbolos do holocausto: artigo intitulado Kinderstem ("A voz de uma
criança") publicado no jornal holandês Het Parool contava trechos do
diário da menina que havia sido morta em campo de concentração. Anne
nasceu na Alemanha em 1929. Seu verdadeiro nome era Annelies Marie, mas
todos em sua família a chamavam carinhosamente de "Anne". Ela era a
segunda filha do casal Otto e Edith Frank. Sua irmã, Margot, era quatro
anos mais velha. O pai era um homem de negócios e um oficial condecorado
que lutou no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Em
1934, quando o nazismo fez aumentar as perseguições aos judeus na
Alemanha, a família mudou-se para Amsterdã, na Holanda.
As filhas do casal foram matriculadas em
escolas locais, onde se saíram muito bem nos estudos: Margot
demonstrava maior aptidão para matemática, enquanto Anne demonstrava
maior interesse em leitura e redação.
Em 1938, Otto Frank e um sócio, Hermann
van Pels, fundaram uma empresa nova. O sócio também era um judeu que
havia fugido com a família para a Holanda. Em 1939, a avó materna de
Anne Frank veio morar com a família e permaneceu com eles até sua morte
em janeiro de 1942.
Ocupação da Holanda
Em maio de 1940, a Alemanha nazista invadiu e ocupou a Holanda. Sob a ocupação nazista, os judeus que viviam na Holanda passaram a ser alvo de leis segregacionistas. Crianças judias ficaram proibidas de estudar nas mesmas escolas onde estudavam crianças não-judias. Por causa dessa proibição, Anne e Margot tiveram que ser transferidas das escolas onde estudavam para um colégio judaico.
No dia 12 de junho de 1942, quando
completou 13 anos, Anne Frank ganhou de presente de seu pai um diario.
Esse diario era o mesmo que estava na vitrine de uma loja em que ela e o
pai passaram e que havia lhe chamado a atenção. Embora fosse um diario ,
Anne começou a usá-lo como diário quase que imediatamente.
Nele, a jovem começou a registrar fatos
corriqueiros na vida de qualquer adolescente. Pouco a pouco, Anne
começou a registrar com freqüência cada vez maior as dificuldades
enfrentadas pelos judeus por causa da ocupação nazista.
O esconderijo
No mês de julho de 1942, a família Frank recebeu a notícia de que seria obrigada a se mudar para um campo de trabalhos forçados. Para fugir desse destino, a família transferiu-se para um esconderijo no prédio onde funcionava o escritório do pai.
Para deixar a impressão de que haviam
fugido apressadamente, Anne e seus familiares deixaram o apartamento
todo desarrumado. Além disso, o pai deixou um bilhete, tratava-se de uma
pista falsa com o intuito de levar os nazistas a acreditarem que a
família estava tentando viajar para a Suíça.
O prédio comercial onde Anne e sua
família se esconderam tinha dois andares, com escritórios, um moinho e
depósitos de grãos. O esconderijo consistia em alguns cômodos num anexo
que ficava nos fundos do prédio. Para disfarçar o esconderijo, uma
estante de livros foi colocada na frente da porta que dava para o anexo.
Na montagem do esconderijo, Otto Frank
contou com a ajuda dos quatro funcionários em quem mais confiava: Victor
Kugler, Johannes Kleiman, Miep Gies e Bep Voskuijl. Eles mais o pai de
Johannes e o marido de Miep eram os únicos que sabiam da existência do
esconderijo.
Vida clandestina
Essas pessoas mantinham os Frank informados com notícias da guerra e da perseguição dos nazistas aos judeus. Também os ajudavam trazendo comida que compravam no "mercado negro", tarefa que foi se tornando cada vez mais difícil e arriscada com o tempo. Os cidadãos não-judeus que ajudavam judeus a se esconderem corriam o risco de ser executados imediatamente pelos nazistas caso fossem descobertos. No final de julho daquele ano, outros judeus buscaram abrigo no mesmo esconderijo: a família van Pels, que era composta por Hermann, o sócio de Otto Frank, sua esposa, Auguste, e o filho Peter, um jovem de dezesseis anos. No começo, Anne não se interessou pelo tímido Peter por achá-lo desajeitado demais, mas depois mudou de opinião e ambos iniciaram um romance. Em novembro, um amigo judeu da família de Anne também passou a morar no esconderijo: o dentista Fritz Pfeffer. Como era de se esperar, com tantas pessoas vivendo juntas e em condições precárias, problemas de convivência começaram a surgir. Para piorar, estava cada vez mais difícil conseguir comida. Anne passava a maior parte do tempo escrevendo seu diário ou estudando. Todo dia, logo após o almoço, ela fazia atividades de matemática, línguas, história e outras matérias. Na manhã de 4 de agosto de 1944, a polícia nazista invadiu o esconderijo, cuja localização foi descoberta por um informante que jamais foi identificado. Todos os refugiados foram colocados em caminhões e levados para interrogatório. Victor Kugler e Johannes Kleiman também foram presos, ao contrário de Miep Gies e Bep Voskuijl, que foram liberados. Esses últimos voltaram ao esconderijo onde encontraram os papéis de Anne espalhados no chão e diversos álbuns com fotografias da família. Eles reuniram esse material e o guardaram na esperança de devolver à Anne depois que a guerra terminasse, o que nunca aconteceu.
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