domingo, 30 de junho de 2013

O combate na linha das almas

Igael e Levi foram tomar o chá da tarde na região de Palm Court, o ambiente comparado a um filme da década de 20 e na verdade já foi cenário de filmes antigos várias vezes. Eles pediram uma mesa no terraço iluminado por luz natural. Os mordomos usam fraque servindo os tradicionais sanduíches de pepino. Os clientes masculinos devem usar terno. Levi estava desconfortável num terno preto, alugado, pois não gostava de usar indumentária pesada. 
Igael sentiu vontade de urinar e foi ao banheiro, lá em vez de urinar ela vomitou tocada por forte presença estranha, obsessora. O vômito saia em jatos e ela notou que isso não era normal. Uma mulher de cabelo preto, magra, usando óculos, cabelos lisos e escorridos, penteados para o lado, aparentando 55 anos, se aproximou dela. Usava blusa rosa, meia calça e calça Jeans azul com um adesivo escrito Sumatra. 
Igael ficou intrigada, pois notou que ela falava com alguém invisível. Sentiu o gosto ruim do vômito na boca e com o gosto nojento veio a ela a sensação de que a mulher era uma alma do cemitério. Alguém pegou o corpo anímico do cemitêrio, animado agora pelo espírito de um VIVO, de um mago da alta magia. Ou seja, um mago saiu de seu corpo e no cemitêrio pegou o corpo anímico de uma defunta, se materializando na terra através de rituais. Eles também podem pegar o corpo físico do defunto, neste caso zumbis, mas creio que naquele caso era apenas o corpo anímico ou essência do defunto, inferior, não a alma nem o espírito, que fica presa a terra.
Por baixo da blusa havia uma camisa azul e branca, uma espécie de ameaça contra Israel. Um outro ser se manifesta, alto, como um italiano, mas tem os cabelos encaracolados. Usa camisa xadrez azul e calça social básica. Ele olha para o fio de luz do banheiro, aponta para o fio. Seria um emissário de Samadarom, portento que gosta de usar a eletricidade para se locomover? 
Igael entra em luta corporal com eles mas percebe que o poder da morte que esta neles a enfraquece. Ela usa o Wzou interno, deslizando pelo recinto sem fazer força, apenas deslizando como se estivesse integrada ao a ambiente, como os mestres do taichi, aikidô ou pakua fazem. Nesta arte interna ela não golpeia com força e sim com velocidade e suavidade, usando os movimentos naturais do corpo, para chutar ela não levanta muito a perna e sim salta no ar, parecendo levitar, tocando o oponente com os pés com extrema velocidade. Apesar da perfeição nos movimentos, imitando atos da natureza, o casal do cemitêrio parece imune aos golpes dela. O homem abre a boca, primeiramente sopra depois suga Igael com corpo físico e tudo para um túnel escuro, ela vai parar num cemitêrio. 
Lá ela entra num micro mundo onde os túmulos são casas para os Djinns. O rio do telurismo une as casas subterrâneas. 
___ Nós moramos nos subterrâneos...___Fala uma voz macabra.
 Outra rebate:
— Nós moramos nas gavetas. 
Certamente as que possuíam os defuntos sepultados em mauzoléus.

Igael viu demônios se alimentando dos cadáveres em decomposição, encarnados nos vermes do cemitêrio. 
Ela estava na quarta dimensão, num corpo físico fluídico, numa corrente telúrica que percorre os subterrâneos do cemitêrio de Londres, o mundo dos mortos. 
Viu os Djinns flutuando por estes rios telúricos, ou navegando com seus barcos que eram caixões. Lembra da lenda do barco dos mortos que leva a alma pare o outro lado? No mundo astral os caixões se tornam em barcos.
Ela sente medo de não sair mais dali. Clama por Yeshuah e uma porta roxa se forma, a porta da tribo de Simeão. A porta era em forma de losango com 5 lados, losango—pentáculo, Simeão e Naftali. 
Através desta porta ela escapa do mundo dos mortos, as empregadas do local encontraram ela se estrebuchando no piso do banheiro. Iam leva—la para o Hospital, mas Levi impediu massageando a nuca dela e dizendo: 
— Ela está melhor. Foi só um ataque.


Publicado por Lamech144
Data da publicação: 04/04/2010

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