terça-feira, 22 de outubro de 2013

O outro mundo- Cap 3- A princesa

Obs: História ficcional

 5 dias, 4 horas, 20 horas, 3 dias, 6 horas? Quanto tempo havia passado desde que a moça foi levada?
Aquele ambiente parecia enlouquecer qualquer um e o medo e a incerteza ajudam nisso. 
Ele estava a imaginar o que aconteceu à menina que foi levada, esta viva?

Em alguma sala daquela estranha base a moça estava dopada sobre uma mesa transparente, nua e com dois fios conectados às suas têmporas  Marcos e seu jovem aluno estavam ali, parado, imoveis, olhando a garota.
_Então _ Iniciou Marcos _, você é novo aqui Lúcio  vou te ensinar muito sobre controle mental, você devia se considerar um privilégiado por ter esta chance comigo.
_Me considero sim, senhor_ Respondia o jovem enquanto arrumava na face seus óculos de grau_ alias tenho uma dúvida. Só tem eu e o senhor nesta base? Pois ela parece bem grande mas não vi ninguém além de uns guardas e uns aliens cinzentos.
_Estamos recrutando novos cientistas como você para trabalhar aqui. Agora sobre a moça, a ficha que os reptilianos trouxeram pra mim mostra que ela se chama Maiara Strockfer, tem 18 anos, mede 1:58 m, pesa 60 kg, branca, natural de Recife, tipo sanguíneo O negativo, sem doenças cardíacas, respiratórias, venéreas ou qualquer coisa do tipo. Foi sequestrada há dois dias na terça feira quando saia de casa pra igreja ás 19h, quatro agentes nossos num carro preto á pegaram a força. Ela é cristã, e estava noiva, seus amigos íntimos costumavam chama-la de Princesa, e este meu caro Lúcio  será o codinome dela, nós iremos tortura-la ao extremo e insano, a provocaremos, faremos ela sentir culpa e vergonha de si, e a deixaremos furiosa, irada, iremos trabalhar na mente e na alma dela apagando sua memoria de vida até aqui e libertando dons da mente humana e quando quisermos ela sob nosso comando, calma, tranquila controlada, escrava de nossos atos a chamaremos de Princesa, ela é a princesa abduzida. Será a palavra mágica pra controla-la bem. 
_Interessante senhor, agora uma dúvida. Não é melhor fazer estes tratamentos em pessoas desde sua infância? Pois pelo que li e estudei é mais na infância  quanto mais jovem melhor trabalhar seu cérebro.
_Sim Lúcio, isto mesmo, porém estamos fazendo novas experiencias, para saber se é possível obter os mesmos resultados em pessoas mais velhas, por isso capturamos a Maiara e o outro jovem lá.
_E quanto aos outros jovens que estão nas jaulas perto do rapaz lá, no corredor 9? Não trataremos elas?
_Não, estão todas mortas_ Então um aparelho no pulso de Marcos solta um bip e emana uma luz vermelha_ Me desculpe, tenho de ir no outro complexo da base, os aliens me chamam, volto em uma hora. Cuide para que a paciente não acorde, e  caso acorde chame-a só de Princesa, faça amizade com ela, mas não comece as torturas sem mim.
_Uma hora? É tão longe assim este outro complexo?
_Sim, vinte minutos caminhando, fica após o saguão escuro; da qual você não é permitido passar, lembre-se disso.
Então ele sai da sala, Lúcio esta um pouco aterrorizado com aquilo tudo, pensa se na juventude quando Marcos iniciou ali passou pela mesma coisa. Talvez sim, talvez não, ele agia com tanta naturalidade naquele meio cruel, de mortes e torturas que nem mesmo parecia humano. Mas Lúcio também se lembrara do modo como chegou. Aos 19 anos estava trabalhando numa base secreta em meio aos lugares ermos do Piaui. Logo teve contato com reptilianos e seres cinzentos, seus superiores lhe explicaram que tudo aquilo era pra evolução da raça humana, mesmo que parecesse sórdido e mal. Será que eles estavam certos? A dúvida pairava sobre seus pensamentos, mas ele sabia que devia ter cuidado com o seu pensar, tudo naquela base subterrânea parecia ver além do físico e penetrar sua alma  e ele tinha conhecimento de que os aliens podiam perceber seus pensamentos, emoções, medo e revolta. ''Controle-se, vai dar tudo certo'' ele repetia a si mesmo.


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