Começava a ficar atordoado. Com medo de nunca mais ver
aqueles que amo. Apesar daqui ser um lugar maravilhoso pra se viver, com
certeza não teria graça sem meu maninho chato, e sem meus pais que dão muito
duro pra dá uma vida boa pra mim e meu irmão.
Andando pela beira de um rio, vejo mais na frente uma
senhora esfregando umas vestes. Era baixa e tinha a pele amarelada. Cabelos brancos
como a neve, e curtos. E seus olhos acinzentados e enormes como o de qualquer outro
ser deste mundo. Cheguei perto dela e perguntei: - A senhora poderia me
informar onde estou e como sair daqui? - Ela começou a falar numa língua
estranha, desconhecida... Nunca vi nada
igual.
Do nada, ela pegou em minha mão, e tive que segui-la. Chegamos a uma casa que não era apegada ao
chão. Era incrível como ela flutuava. E com um comando, palavra estranha na
língua deles dita pela senhora, uma escada feita de cristal se tornava aparente
aos nossos olhos. E com um impulso sobrenatural, éramos puxados até a escada feito
imãs. Pensei comigo: - Mas se a casa flutua então a gravidade aqui seria
diferente e tudo aqui flutuaria, como pessoas, objetos... Mas somente a casa
flutuava. Era a única coisa que tinha visto com este efeito. Tentava entender
como aquilo funcionava. Enquanto isso, entramos na casa e vi que os móveis eram
feitos com um tipo de material fluorescente.
Ela me levou até um tipo de elevador, e fomos uns dois
andares pra cima. Vi lá um homem aparentando uns 60 anos. Deveria ser o marido dela.
Ele veio em minha direção e perguntou:
- Como se chama jovem? - No momento fiquei assustado e
pensei “Ele deve ser o único que fala minha língua”. Então respondi: - Felipe,
senhor! Mas porque o senhor fala a minha língua e esta senhora, e talvez o
restante dos outros não?
- Na verdade, percebi na hora que você é do planeta terra,
pois sou humano como você Felipe. Vim para este mundo ainda jovem. Tinha 20
anos. Conheci a Mergueritta, e me apaixonei. Depois percebi que não tinha nada
que pudesse me prender na terra, e resolvi ficar com a minha paixão. E tivemos
dois filhos maravilhosos. Lisabel e Marcos. Marcos em homenagem ao meu avô que
tinha morrido um ano antes de eu vir pra este mundo. Você logo conhecerá meus
queridinhos. Chegam um pouco mais tarde hoje... – Respondeu ele.
Quando ele terminou de explicar, percebi que de todos os
seres que tinha visto, ele era o mais próximo de um humano. Ele era humano... Em
seguida, ele me disse seu nome. Chamava-se Antônio. Depois me deu um anel que a
princípio não tinha entendido o porquê daquilo. Mas ele me explicou: O anel
servia para que eu pudesse conversar e entender o que cada um dos seres falava.
Então
resolvi perguntar ao Antônio porque a casa flutuava. E ele me respondeu: - É
uma tecnologia antigravidade. Nós a usamos para reduzir a gravidade, e com isso
qualquer objeto ou até mesmo pessoa pode flutuar. Legal né?
- Magnífico
senhor. – Respondi.
Aquilo
realmente era extraordinário. Só de pensar em flutuar, me parecia uma
experiência que valeria apena.
Capítulo 3 AQUI
Não consigo acessar o capitulo 1 pelo hiperlink
ResponderExcluirNão tem mais continuação?
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