domingo, 13 de outubro de 2013

Que mundo é este? - Capítulo Dois


Começava a ficar atordoado. Com medo de nunca mais ver aqueles que amo. Apesar daqui ser um lugar maravilhoso pra se viver, com certeza não teria graça sem meu maninho chato, e sem meus pais que dão muito duro pra dá uma vida boa pra mim e meu irmão.
Andando pela beira de um rio, vejo mais na frente uma senhora esfregando umas vestes. Era baixa e tinha a pele amarelada. Cabelos brancos como a neve, e curtos. E seus olhos acinzentados e enormes como o de qualquer outro ser deste mundo. Cheguei perto dela e perguntei: - A senhora poderia me informar onde estou e como sair daqui? - Ela começou a falar numa língua estranha, desconhecida...  Nunca vi nada igual.
Do nada, ela pegou em minha mão, e tive que segui-la.  Chegamos a uma casa que não era apegada ao chão. Era incrível como ela flutuava. E com um comando, palavra estranha na língua deles dita pela senhora, uma escada feita de cristal se tornava aparente aos nossos olhos. E com um impulso sobrenatural, éramos puxados até a escada feito imãs. Pensei comigo: - Mas se a casa flutua então a gravidade aqui seria diferente e tudo aqui flutuaria, como pessoas, objetos... Mas somente a casa flutuava. Era a única coisa que tinha visto com este efeito. Tentava entender como aquilo funcionava. Enquanto isso, entramos na casa e vi que os móveis eram feitos com um tipo de material fluorescente.
Ela me levou até um tipo de elevador, e fomos uns dois andares pra cima. Vi lá um homem aparentando uns 60 anos. Deveria ser o marido dela. Ele veio em minha direção e perguntou:
- Como se chama jovem? - No momento fiquei assustado e pensei “Ele deve ser o único que fala minha língua”. Então respondi: - Felipe, senhor! Mas porque o senhor fala a minha língua e esta senhora, e talvez o restante dos outros não?
- Na verdade, percebi na hora que você é do planeta terra, pois sou humano como você Felipe. Vim para este mundo ainda jovem. Tinha 20 anos. Conheci a Mergueritta, e me apaixonei. Depois percebi que não tinha nada que pudesse me prender na terra, e resolvi ficar com a minha paixão. E tivemos dois filhos maravilhosos. Lisabel e Marcos. Marcos em homenagem ao meu avô que tinha morrido um ano antes de eu vir pra este mundo. Você logo conhecerá meus queridinhos. Chegam um pouco mais tarde hoje...  – Respondeu ele.
Quando ele terminou de explicar, percebi que de todos os seres que tinha visto, ele era o mais próximo de um humano. Ele era humano... Em seguida, ele me disse seu nome. Chamava-se Antônio. Depois me deu um anel que a princípio não tinha entendido o porquê daquilo. Mas ele me explicou: O anel servia para que eu pudesse conversar e entender o que cada um dos seres falava.
Então resolvi perguntar ao Antônio porque a casa flutuava. E ele me respondeu: - É uma tecnologia antigravidade. Nós a usamos para reduzir a gravidade, e com isso qualquer objeto ou até mesmo pessoa pode flutuar. Legal né?
- Magnífico senhor. – Respondi.
Aquilo realmente era extraordinário. Só de pensar em flutuar, me parecia uma experiência que valeria apena.


Capítulo 3 AQUI

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