Zona lendariamente perigosa situada ao largo da costa sudeste do Japão, o Mar do Diabo seria o Triângulo das Bermudas do não menos imprevisível e destruidor Oceano Pacífico. O termo parece ter uma origem um tanto hiperbólica, baseada na perda de apenas nove embarcações, durante um período de cinco anos, no início da década de 50 do século passado, numa área de dimensões não especificadas, mas estendendo-se possivelmente até uma distância de 750 milhas das terras continentais.
Oito das embarcações eram barcos de pesca (barcos mais susceptíveis de soçobrarem face à severidade dos fenômenos atmosféricos que se produzem sobre a superfície marinha). E destes, apenas um, levava a bordo um transmissor de rádio; já o nono, um navio de nacionalidade japonesa, e que transportava cientistas para o local de uma erupção vulcânica subaquática, não emitiu qualquer SOS, embora se ignore se o navio estava equipado com rádio.
Vinte anos mais tarde, um norte-americano descobriu que a expressão “Mar do Diabo” era desconhecida dos oficiais da Marinha do Japão, pelo que parece que a “lenda” do “Mar do Diabo” foi tecida a partir de várias notícias de jornais passíveis de interpretações errôneas e absurdas.
O Mar do Diabo, também chamado de Triângulo de Formosa, localiza-se na costa do Japão, em uma região do Pacífico nas proximidades da Ilha Miyake, a cerca de 177km ao sul de Tóquio. Assim como o Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo não aparece em nenhum mapa oficial, mas seu nome é utilizado por pescadores japoneses. Essa é uma área conhecida por desaparecimentos estranhos de navios e aviões.
Outra lenda diz que, assim como o Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo é a única outra área em que uma bússola aponta para o Norte real em vez do Norte magnético (vamos falar mais sobre isso depois).
Uma teoria popular diz que a atividade vulcânica ao redor da área, especialmente um vulcão submarino, poderia ser a causa dos desaparecimentos.
Uma teoria popular diz que a atividade vulcânica ao redor da área, especialmente um vulcão submarino, poderia ser a causa dos desaparecimentos.
O Triângulo do Atlântico e o do Pacífico
Escritores vieram argumentar que o Triângulo das Bermudas (região do Oceano Atlântico, aonde aviões e navios foram vítimas da fúria dos fenômenos atmosféricos) teria o seu correspondente na costa leste e sudeste do Japão, o "Mar do Diabo", onde os desaparecimentos ocorreriam tão rápido que os navios em perigo sequer tinham tempo de pedir socorro.
Ora, como ocorreu no caso do Triângulo das Bermudas, especulou-se que por trás dos desaparecimentos estavam as anomalias magnéticas e gravitacionais do tempo-espaço, ou então seqüestradores extraterrestres, e até, segundo a absurda “teoria” proposta por Ivan T. Sanderson, uma raça submarina inteligente que habitava os oceanos do planeta Terra.
O zoólogo Ivan T. Sanderson, falecido em 1973, tinha publicado na revista "Saga", um artigo intitulado "Doze Cemitérios do Diabo ao Redor do Mundo", no qual vinha afirmar que, além do Triângulo das Bermudas, há no mundo outras 11 zonas onde ocorrem os “misteriosos” desaparecimentos. Consta que Sanderson e seus colaboradores examinaram farta documentação e estatísticas, e chegaram à conclusão de que a maioria dos fatos acontecidos ocorreu em 12 zonas, perfeitamente identificáveis e delimitadas. Entre elas está não somente o Triângulo das Bermudas, mas também seu equivalente, o "Mar do Diabo", localizado a Leste do Japão, entre Iwo Jima e a ilha Marcus.
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