segunda-feira, 7 de abril de 2014

Operação Prato - Parte 1

prato1O que é a Operação Prato?Operação Prato foi o nome dado a uma operação realizada pela Força Aérea Brasileira em 1977, através do seu Comando Aéreo Regional em Belém, para verificar a ocorrência de estranhos fenômenos envolvendo luzes hostis relatados pela população do município de Colares, estado do Pará, Brasil. Colares, ilha pertencente ao município de Vigia, no litoral do Pará. Em 1977, o Primeiro Comando Aéreo Regional da Aeronáutica (I Comar) recebe um ofício da prefeitura da época avisando que os UFOs estavam incomodando os pescadores e alguns já não conseguiam mais exercer suas atividades.Os objetos sobrevoavam as embarcações, mergulhavam ao lado delas em rios e mares. A população local passava as noites em claro, as pessoas acendiam fogueiras e soltavam fogos para tentar afugentar os invasores, que eram conhecidos como "chupa-chupa", "aparelho" ou simplesmente "o chupa".
Foi o pavor que fez com que o prefeito se dirigisse ao comando do Comar pedindo providências. O assunto era encarado pelas Forças Armadas como um fenômeno duvidoso, improvável e havia muita gozação a respeito, mas foi decidido que os fatos seriam pesquisados. Ali se iniciava a Operação Prato, uma equipe destinada a investigar secretamente o fenômeno UFO na Amazônia, o único projeto do gênero que se tem notícias em nosso país, comandada por Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima, que 20 anos depois tornaria-se o primeiro oficial das Forças Armadas a quebrar o silêncio e vir à publico, revelando a veracidade e os detalhes da missão.
A Operação Prato consistiu-se na maior investigação ufológica já realizada por órgãos governamentais no Brasil. Durante quase quatro meses a Força Aérea Brasileira (FAB) através do I Comar (Comando Aéreo Regional) comandado pelo major Protásio de Oliveira e com sede em Belém/PA, disponibilizou agentes militares para investigarem estranhas manifestações de objetos voadores não identificados e luzes desconhecidas que vagavam, geralmente à noite e assombravam as populações na região da Baixada Maranhense, abrangendo os estados do Maranhão, Pará, Amapá e Amazônia. Os focos parecem ter se concentrado na região de Belém, aos arredores da Ilha de Marajó e nos vales dos rios Amazonas e Tapajós, região Norte do Brasil. Casos semelhantes foram também registrados em alguns Estados da região Nordeste.

A Missão


Sob o comando do Capitão Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima, que deu o nome a missão e formada por três militares, a equipe investigou a área que fica no litoral próximo ao município de Vigia , munidos de câmeras fotográficas e filmadoras de 8 e de 16mm. Seu principal objetivo era observar e registrar, de todas as formas possíveis, as estranhas e inexplicáveis manifestações relatadas pelos habitantes. O posto médico da cidade havia realizado atendimentos a diversas pessoas vítimas de queimaduras cujos responsáveis, segundo a população, eram estranhas luzes vindas do céu. O fenômeno era conhecido como chupa-chupa e a história estava criando certa histeria entre os moradores, que buscando uma explicação religiosa atribuía os ataques ao "diabo, que estaria na Terra para atacar os cristãos". Enquanto esteve na cidade, a equipe de Hollanda Lima conseguiu restabelecer a ordem e evitar o pânico, que levava muitos cidadãos a se organizarem para fazer vigílias e usar fogos de artifício na tentativa de afugentar as misteriosas luzes. A operação durou pouco mais de quatro meses e nos dois primeiros, a equipe do Capitão Hollanda Lima não registrou ocorrências, porém o cenário iria se modificar radicalmente segundo o militar.

Experiências Extraordinárias !!


Realizada entre setembro e dezembro de 1977, a investigação tinha o intuito de desmistificar as estórias, descobrir que tudo não passava de erros de interpretação, alucinação e enganos coletivos. Superando todas as expectativas, no entanto, a Operação Prato resultou na comprovação da origem extraterrestre do fenômeno que vinha se manifestando em toda área ribeirinha e litorânea do Pará, começando pelos relatos e marcas físicas nos moradores, que eram perseguidos e atacados por luzes estranhas.
Inúmeras experiências extraordinárias foram vividas pelo coronel e outros oficiais, em noites e dias de vigília na selva. Hollanda e seus comandados tinham a incumbência de documentar os acontecimentos ufológicos na Amazônia, mas acabaram tendo contatos pessoais com naves extraterrestres. O oficial teve certeza de que os episódios eram reais, especialmente quando UFOs começaram aparecer de todos os lados, enormes e pequenos, distantes ou muito próximos.
Algumas eram assustadoras, pois os objetos tinham tamanhos exagerados. Ficou claro que eles sabiam da presença e do tipo de missão da equipe, parecendo haver uma certa interação e até respeito por parte dos alienígenas, pois não houve aparentemente nenhuma agressão contra os oficiais. Em apenas três ou quatro meses e mesmo com tantas coisas extraordinárias acontecendo, a Aeronáutica e o Comar desativaram as investigações.
Quase tudo foi devidamente documentado, fotografado, filmado e entregue aos seus superiores, mas deve ter sido arquivado e ninguém consegue obter informações da Aeronáutica, até hoje, a respeito.
Ao invés de desmistificações, acabaram conseguindo provas irrefutáveis da ação de seres não terrestres em nosso meio. Isso desmoralizaria a Força Aérea e o governo brasileiro. Este é, com certeza, um dos motivos para o silêncio. Posteriormente, em sua casa, aconteceram alguns fenômenos paranormais ao coronel Hollanda e, numa noite, adentrou em seu quarto um forte clarão, seguido de um estalido, iluminando tudo. Surgiu um ser por trás da cabeceira da cama, abraçando-o, com outro ao seu lado, este com 1,5 m, vestido com uma roupa parecida à usada por mergulhadores, além de uma máscara ou touca. Em seguida, ouviu-se outro estalo e o clarão desapareceu, junto com os humanoides. Sua esposa estava presente, mas não percebeu nada, continuou dormindo.
Oficial na reserva, Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima acumulou méritos por ter se destacado em cada uma das funções para as quais foi designado e, mesmo pouco conhecido da maioria das pessoas, contribuiu imensamente para a Ufologia ao quebrar o silêncio, já que suas entrevistas garantiram um tratamento mais sério para o assunto.
Hollanda não se lembrava do lapso de tempo, mas depois desse acontecimento seu braço esquerdo apresentava coceira e manchas avermelhadas, além de algo pontiagudo sob a pele. Em 1997, depois de ser entrevistado pelo programa Fantástico, da Rede Globo e também pela Equipe UFO [Entrevista publicada nas edições 54 e 55], conversando com o pesquisador e hipnólogo Mário Nogueira Rangel, revelou interesse em ser submetido à regressão hipnótica, mas antes de ser marcada uma data para isso, o coronel faleceu, deixando-nos sem detalhes sobre sua possível abdução.
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Entrevista Explosiva !! - Em 1997, vinte anos depois, Hollanda Lima concedeu uma entrevista aos pesquisadores Ademar José Gevaerd e Marco Antônio Petit relatando os acontecimentos e as atividades de sua equipe nos dois últimos meses da operação. Segundo ele, sua equipe presenciou as mais surpreendentes e estranhas manifestações de natureza desconhecida. Além de ter presenciado, os militares registraram os erráticos movimentos de pequenos objetos luminosos que julgou serem “sondas ufológicas”. Constataram também a presença de gigantescas naves que executavam manobras que destruiriam qualquer aeronave conhecida. Seriam maiores que “um prédio de trinta andares” em seu comprimento e emitiam luzes de várias cores. Tais “espaçonaves” recolhiam regularmente as “sondas pesquisadoras”. Em sua entrevista Hollanda Lima declarou que dois agentes do Serviço Nacional de Informação , também tiveram a oportunidade de presenciar estas manifestações envolvendo os objetos gigantes. O capitão pôde fotografar e filmar diversos tipos de luzes, das mais diversas dimensões. As cores também variavam e supunha ele que indicavam a função ou o tipo de manobra do “aparelho”. A equipe também recolheu relatos incríveis contados pela população ribeirinha. Alguns envolvendo seres luminosos saídos do interior de estranhos objetos. Esses seres arrebatavam pessoas com sua luminosidade. Outros sugavam o sangue das pessoas que capturavam. Um fato registrado é que na maioria dos episódios havia a presença de uma ou mais testemunhas.

Características do fenômeno “chupa-chupa”


A Operação Prato nasceu a partir dos preocupantes ataques desferidos pelo chamado Chupa-chupa à grande fatia da população ribeirinha do Norte, atingindo, mormente, os estados do Maranhão, Pará, Amapá e Amazônia. Segundo informações da época, o epicentro das ocorrências teria sido a região do município de Vigia e Ilha de Colares, situada próxima à Baía de Marajó, local onde o rio Tapajós deságua no oceano Atlântico. Consta que, aterrorizada, a população se trancafiava dentro de casa, unindo-se contra o desconhecido que espreitava seus lares. As pessoas ficavam fazendo barulho, batendo latas e panelas ou soltando fogos de artifício na esperança de assim, afugentar as “assombrações voadoras”. O Chupa-chupa fez diversas vítimas na população local, causando queimaduras cutâneas que cicatrizavam rapidamente e deixava em polvorosa a médica da unidade de Saúde de Colares, Wellaide Cecim de Carvalho, que não tinha uma explicação científica para aqueles diagnósticos. A doutora afirmou em entrevistas concedidas à imprensa que jamais viu algo igual àquilo e frisou também sobre o forte terror psicológico vivido pela população daquela região.
Segundo as últimas informações das testemunhas, o Chupa-chupa seria uma máquina voadora com as dimensões de um automóvel em formato cilíndrico, lembrando uma lata de óleo de cozinha. O aparato possuiria uma espécie de janela, através da qual algumas testemunhas relataram ter avistado dois vultos de seres semelhantes a humanos.

A parte inferior do objeto cilíndrico, que era arredondada, emanava uma forte luz alaranjada e, segundo alguns relatos, a partir desta, surgia um outro feixe luminoso, este era fino, de cor azulada que seguia certeiro à direção das pessoas atingindo-as, geralmente, na região do tórax. Após os ataques, uma pequena marca com furinhos parecendo terem sido feitos por uma agulha, ficava impressa na pele. Em seguida, a vítima sentia fraqueza física e desenvolvia sintomas semelhantes aos da anemia. Não se sabe ao certo se realmente esta máquina era exatamente conforme esta descrição, tampouco se colhia amostras de sangue, como pensam alguns, ou mesmo amostras de tecidos, quiçá ainda, o chamado “fluído vital humano” - como acreditam outros.

Com ataques desferidos geralmente à noite, o verdadeiro formato físico do objeto era sempre ofuscado pela intensa luminosidade que saia de sua base, a qual aparece em diversas fotografias feita pela Operação Prato e outros pesquisadores, incluindo, membros da imprensa do Pará, como os jornalistas Biamir Siqueira e José Ribamar dos Prazeres que tiveram uma tenebrosa experiência com uma luz que chegou bem próxima ao veículo deles.
A onda ou fenômeno “chupa-chupa” constituiu-se de uma seqüência de períodos médios – de até seis meses de duração – e curtos – de algumas semanas – de atividade ufológica nas regiões ribeirinhas da Amazônia, concentrando-se nos arredores de Belém, na Ilha de Marajó e no delta formado pelo Rio Amazonas ao atingir o Oceano Atlântico.
Os avistamentos eram, na totalidade, noturnos. Contatos imediatos de 2º e 3º graus, embora mais raros, também aconteciam à noite. Os poucos relatos descrevem criaturas semelhantes a humanos de estatura média.
— Os UFOs mais comuns tinham formato esférico, seguidos dos de aparência cilíndrica e uns raros em forma de peixe.
— O deslocamento da maioria dos objetos voadores não identificados observados era do céu para a terra ou do oceano para o continente.
— Durante as suas evoluções noturnas, os UFOs sobrevoavam preferencialmente as pequenas comunidades litorâneas e rurais.
— O maior problema para os observadores foi tornarem-se vítimas, pois muitas vezes eram atingidos por potentes projeções luminosas de ação paralisante.
— As vítimas do chupa-chupa eram em geral adultas, de ambos os sexos e os acidentes não ocorriam de forma casual. Integrantes da Operação Prato detectaram que perto de 2/3 dos atingidos eram mulheres adultas.
— As lesões nos atingidos configuravam-se em queimaduras de primeiro grau, não superiores a 15 centímetros de extensão, localizadas na maioria das vezes sobre a região torácica.
— As vítimas do chupa-chupa, após o incidente, se queixavam de vertigem, dores no corpo,
tremores, falta de ânimo, sonolência, fraqueza, rouquidão, queda de pêlos, descamação da pele lesada e freqüentes dores de cabeça. Estes sintomas foram constatados por médicos.


As Lesões das Vítimas
Abaixo, o relato das lesões nas vítimas, segundo a médica sanitarista e diretora do Departamento de Programas Espaciais da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (PA), Wellaide Cecim Carvalho, que atendeu as vítimas.
— Não formavam bolhas típicas de queimaduras, nem se assemelhavam a efeitos de queimaduras produzidas pelo fogo ou água quente.
— Pareciam queimaduras radioativas, como as produzidas pelo elemento químico cobalto.
— Não existia dor no local atingido, apenas um ardor discreto que passava em poucas horas.
— Depois de dois dias do ferimento a pele da vítima descamava. Nesse estágio, era possível notar dois pontos bem próximos, como picadas de agulha.
— Queimaduras superficiais de 2 a 10 cm.
— Discreto ardor na região atingida, sem referência a qualquer processo infeccioso.
— Presença de pontos como picadas de agulhas, que desaparecem após 72 horas.
— Queda dos pêlos nas regiões atingidas pelo raio com escamação da epiderme, dias depois do incidente causador.
— Tonturas, vertigens, cefaléia e astenia (fraqueza dos membros inferiores).
— Exames de sangue feitos em algumas vítimas do chupa indicaram baixo teor de hemoglobina e redução no número de hemácias.

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Desenhos

Segundo Hollanda, a equipe colocava o nome da pessoa que teve a experiência, o local onde ocorreu, horário, etc. Faziam uma descrição de cada fato ocorrido. Assim, se acontecessem três casos numa noite, ouviam três testemunhas. Algumas das descrições eram comuns, outras mais estranhas. Às vezes recebiam relatos de coisas que não podiam comprovar a autenticidade, como desmaterialização de paredes inteiras ou de telhados.
Tinham máquinas fotográficas Nikon profissionais, com teleobjetivas de 300 a 1000 mm, dessas grandes. Era um terror trabalhar com elas, porque tinham um foco rapidíssimo. Qualquer bobeada, qualquer movimento em falso, e perdiam os UFOs. Mas eram equipamentos de primeira. Também tinham filmadoras e gravadores, na possibilidade de um ruído ser ouvido ou de alguma coisa que pudesse ser registrada.
Chegaram a verificar pelo menos nove formas de UFOs. Conseguiram determiná-las e classificá-las. Algumas eram sondas, outras naves grandes das quais saíam objetos menores. Filmaram tudo isso, inclusive as naves pequenas voltando ao interior de suas naves-mãe, as maiores. Tudo foi muito bem documentado.
Os relatórios com desenhos, fotos, croquis etc eram preparados, classificados, passados ao comandante e arquivados no próprio 1º COMAR, numa sala reservada. Depois disso, alguns iam para Brasília, segundo o que o coronel foi informado na época.

Arquivo X


Originalmente, o Capitão Hollanda Lima dizia que apesar de crer na possibilidade de vida extraterrestre não acreditava ser esse o caso dos registros visuais em Colares, contudo mudou radicalmente a sua opinião durante o tempo em que esteve na região, pois teria visto, filmado e fotografado OVNIS sobrevoando a cidade, próximo aos locais onde o pessoal de sua equipe estava instalado. O comando da Aeronáutica oficializou o término da operação após quatro meses e ordenou o regresso da equipe. Porém o capitão disse que tentaria investigar ainda por conta própria. As luzes continuaram a ser vistas em Colares por algum tempo mas não com a mesma intensidade e casos de vítimas das queimaduras não foram mais registrados. Yrangê Bolívar Hollanda Lima foi encontrado morto em sua casa na Região dos Lagos no Rio de Janeiro três meses após sua entrevista ser publicada. Ufólogos que ficaram amigos do militar afirmam não acreditar que ele tenha realmente se suicidado, lançando suspeitas sobre uma conspiração de assassinato. Todo o material registrado pela sua equipe durante a Operação Prato ficou em posse da FAB, que ainda não liberou estes arquivos ao público, apesar de uma campanha iniciada pelos ufólogos brasileiros junto ao ex presidente Luis Inácio da Silva.

Morte “muito” Misteriosa


O coronel Hollanda foi encontrado morto em sua casa na Região dos Lagos no Rio de Janeiro três meses após sua entrevista ser publicada. Ufólogos que ficaram amigos do militar afirmam não acreditar que ele tenha realmente se suicidado, lançando suspeitas sobre uma conspiração de assassinato. O caso foi registrado na delegacia de São Pedro da Aldeia, vizinha a Cabo Frio. O laudo do Instituto Médico Legal confirmou a morte por asfixia, devido ao enforcamento.
A cena do “suposto suicídio” do coronel Uyrangê Hollanda mostrava o “absurdo” do corpo preso pelo pescoço com o simples cordão do seu roupão de banho na cabeceira da cama, sentado no chão, ao lado da cama, segundo a versão oficial – bastante contestada, por sinal. Muitos pesquisadores e simpatizantes do assunto duvidam da realidade da dita cena, pois, sabe-se que o coronel como um militar de brigada e comandante de um departamento de inteligência da Força Aérea Brasileira (FAB), deveria saber muito bem como proceder para promover um suicídio de forma eficaz e não tão grosseiramente como fazem parecer as versões "oficializantes" de sua morte - até porque, todo militar, desde um soldado raso até a mais alta patente, sabidamente, detém conhecimentos das mais eficazes técnicas, tanto para matar alguém, como também para se matar.
Sabe-se ainda de uma tentativa anterior de suicídio do coronel, quando havia se jogado do quarto andar de um edifício.
Todo o material registrado pela sua equipe durante a Operação Prato ficou em posse da FAB, que ainda não liberou estes arquivos ao público, apesar de uma campanha iniciada pelos ufólogos brasileiros junto ao ex presidente Luis Inácio da Silva.

Os Personagens


Operação Prato mobilizou diretamente mais de 30 pessoas, todas lotadas no I Comar. Eram agentes ou colaboradores do A2, o departamento de Inteligência do I Comando Aéreo Regional da Aeronáutica, destacamento responsável pela execução da operação.
Ao que sabemos, esteve participando da Operação Prato, pelo menos um civil, contratado e envolvido diretamente com as investigações em campo. Trata-se do piloto Ubiratan Pinón Frias, que, por sua estreita amizade com os militares e, sobretudo, por ser experiente e deter conhecimento aéreo de toda aquela região, fora contratado para participar da operação militar.
Homem de confiança de Hollanda e Flávio, o piloto Pinon concedeu uma longa entrevista a Vitório Peret, para o Portal UFOVIA, onde contou algumas das passagens “que podem ser contadas”, segundo ele, acerca de seu relacionamento com os membros da operação e dos avistamentos de UFO’s e até alienígenas naquela época e posteriormente. Segundo Pinon, ao ser desfeita a operação, por ordem do brigadeiro Protásio de Oliveira, diversos dos membros de campo, continuaram pesquisando o assunto “por conta própria”. Ele mesmo, por algumas ocasiões após o término da Operação Prato dirigiu diversos militares de alta patente, que vinham de Brasília para Belém, para se observar àquelas inusitadas ocorrências que eram noticiadas ao comando do Estado Maior das Forças Armadas (EMFA) do regime militarista do general Ernesto Geisel, presidente do Brasil.
Segundo algumas fontes, o próprio brigadeiro Protásio, comandante do I Comar, que ordenou a criação e o encerramento da Operação Prato, também participou de alguns avistamentos nas vigílias militares. Segundo fomos informados, Protásio seria – a exemplo de Hollanda – um fascinado por aquelas ocorrências, inclusive, saindo por vezes, aos locais ermos em vigílias individuais noturnas, na esperança de manter algum contato com os prováveis aliens.

Também o seu subordinado direto, coronel Camilo de Barros – hoje brigadeiro da reserva – que comandou a operação junto a Hollanda, teria interagido diretamente com as atividades de investigações ufológicas na selva, chegando a pilotar o helicóptero usado pelo I Comar nas operações ou seguindo de veículo terrestre aos locais designados para montarem vigílias em regiões pré-estudadas.
Além dos militares e do piloto civil, outras figuras foram também marcantes e por vezes, coadjuvantes com a situação vivenciada na região de Colares. Uma dessas pessoas é sem dúvida, a médica Wellaide Cecim de Carvalho, recém formada em medicina que naquela época assumia a direção da Unidade de Saúde de Colares. Wellaide reclama o tratamento dado pelas autoridades militares à população local. Além disso, ela declarou em entrevistas concedidas aos jornalistas Carlos Mendes e a revista UFO, que a FAB teria obrigado-a a mentir sobre as ocorrências. Os militares pressionaram a médica a divulgar inverdades, segundo ela, seja afirmando para seus pacientes que tudo se tratava de “delírio coletivo”, seja não informando aos meios de comunicação sobre a envergadura das ocorrências envolvendo vítimas que mal podiam ser diagnosticas pelas vias conhecidas da ciência disponível naquela época.
A médica assistiu o esvaziamento da Ilha de Colares, quando, no auge das ocorrências, a maioria das pessoas abandonou a cidade, chegando faltar alimentos para aqueles que permaneceram. Com uma intensa experiência junto à patologia dos casos, a doutora afirmou em entrevista a Gevaerd acreditar que o Chupa-chupa ao tocar seres humanos com seu feixe de luz, estaria "roubando" para si, o fluído vital daquelas pessoas.
Outro personagem de fundamental importância, sobretudo para o esclarecimento da realidade vivida pelas populações vitimadas, mostrou ser o jornalista Carlos Augusto Serra Mendes do jornal O Estado do Pará, hoje extinto. Consta que Carlos Mendes cobriu grande parte dos acontecimentos e trouxe à tona diversos aspectos novos acerca dos casos amazônicos. Em entrevista concedida à Revista UFO, edições 114 e 115 (CBPDV/Editora Mythos-setembro/outubro/2005) ele contou um pouco de seu trabalho jornalístico naquela época. Em sua fala, Mendes mostra outros terrenos, até então, não tornados públicos e relativos à Operação Prato. Entre eles, declara a patente repressão do I Comar à imprensa local, sobretudo aos repórteres mais ousados e interessados em cobrir os fatos, como era o seu caso.
Segundo Mendes, o coronel Uyrangê seria uma pessoa de uma aura bem diferente dessa “carismática” apresentada no meio ufológico e, em verdade, seria ele um dos elementos que mais policiou as informações de seu Estado, impedindo com que a mídia local propagasse os fatos para outras plagas nacionais.

Em sua entrevista a Ademar Gevaerd, o jornalista Mendes comenta que “Fazer cobertura dos casos de Chupa-chupa era arriscado porque os militares estavam sempre observando para nos reprimir”. Para ele, o coronel Hollanda seria uma homem mau-humorado, severo, repressivo e pronto a apreender todo e qualquer material que registrasse UFOs ou que pudesse comprometer as estratégias de sua operação. Carlos Mendes, apesar de nunca ter presenciado pessoalmente nenhum avistamento ufológico, mesmo que “corresse atrás” para ver, acredita piamente nos casos, sendo um dos elementos que tratou a casuística paraense com apurada isenção a partir do ponto de vista jornalístico.
Uma das figuras mais queridas por todos e sempre lembrada com saudosismo pelos amigos, pesquisadores e simpatizantes do assunto é, sem dúvida, a do sargento João Flávio da Costa, que muitos acreditam, se tratar do “espírito” da Operação Prato em pessoa.

Flávio era dono de habilidades polivalentes, entre elas a do desenho e da fotografia.

Flávio filmou e fotografou inúmeros UFOs e OSNIs (Objetos Subaquáticos Não Identificados), inclusive, numa das ocasiões, ao lado de Vitório Peret (integrante da Operação Trilha) que era seu amigo dileto. Peret nos contou que estavam na Praia de Machadinho, quando surgiu um objeto voador descendo sobre as águas mar, ao que, preparado com a filmadora super 8, Flávio pôde registrar a incrível manobra do estranho objeto.

Segundo Peret, aquele avistamento foi uma das passagens mais incríveis que pôde presenciar durante as vigílias que participou ao lado dos integrantes da Operação Prato no fim dos anos 70. Provavelmente, este filme registrando um autêntico OSNI no rio Tapajós, feito em plena luz do dia, está sob sete chaves nos arquivos do COMDABRA em Brasília – ou pelo menos, deveria estar.
Exímio desenhista, Flávio legou também às pesquisas e investigações sobre os UFOs na Amazônia inúmeros desenhos, onde aparecem em alguns, seres alienígenas ou inusitadas máquinas voadoras fora do convencional. Fez de próprio punho, diversos mapas das regiões onde eram ou seriam realizadas as vigílias do grupo.

Através dos trabalhos de pesquisa da Operação Trilha, descobrimos recentemente que o sargento João Flávio cursou a temida Escola das Américas (School of Arts) durante aquele período militarista que atravessava o Brasil naqueles longínquos anos 70. Conforme mostra documento exposto no site da School of Arts - Watching (SOAW), entidade que combate os métodos desumanos da SOA, além de promover o seu fechamento [veja parte 2 dessa matéria], o sargento João Flávio e diversos outros militares brasileiros dos anos 60 cursaram a escola militarista norte-americana - famigerada por empregar métodos de tortura e humilhação – e supostamente ligada a CIA e NSA, como defendem alguns. Prática esta - poder-se-ia dizer -, natural àquela época, visto que o governo militarista brasileiro estava intimamente ligado ao governo norte-americano que, como defende diversos historiadores, teria sido o elemento insuflador da revolução militar de 1964, que levou o país a viver por quase 21 anos em rígido sistema militarista, que matou, perseguiu e censurou milhares de brasileiros.

Mesmo com praticamente todos os pesquisadores da Operação Prato obtendo acesso a estes novos levantamentos, nenhum deles, até o momento (exceto pessoas ligadas diretamente a Operação Trilha), seja reservadamente ou publicamente, ousou comentar sobre as possíveis implicações que residem por detrás desse dado. O fato de o homem responsável por grande parte da estratégia da Operação Prato ter cursado “contra-inteligência” da School of Arts, sugere no mínimo que, o relacionamento e, talvez, o acompanhamento de órgãos ligados ao governo norte-americano era patente. Muitos pesquisadores parecem ignorar este fato implicante, em verdade, em todo o conteúdo registrável da Operação Prato nos moldes em que ela é vista publicamente, bem como de todas as declarações extra-oficiais emitidas a respeito, posteriormente, pelas pessoas envolvidas diretamente nos fatos em questão.

Flávio, assim como o seu colega e amigo Uyrangê Hollanda, teria sido portador de um implante alienígena num braço, certamente colocado em seu corpo em estado inconsciente - pois, ao que se saiba, nunca declarou ter sido abduzido ou mantido algum contato consciente com aliens. Quem garantia isso era o próprio Hollanda e ainda, corroborado pelo piloto Pinon em sua entrevista a UFOVIA, ao dizer que Flávio se sentia incomodado com o artefato instalado sob a pele do braço, chegando a mexer por vezes nele. Acreditam alguns que isso teria sido a causa de sua inexplicável morte.

Segundo relatou o piloto Ubiratan Pinon (que era amigo e conterrâneo de Flávio) na citada entrevista, o agente militar padeceu de uma morte bastante estranha, aparentemente sofrida e inexplicável. Segundo lhe informou a esposa de Flávio, pouco antes de sua morte, seu marido teria entrado num processo de profunda depressão e alienação. Ela contou que Flávio ficava a chorar constantemente e não se comunicava com ninguém, como se tivesse se desligado do mundo exterior. Segundo Pinon, os sintomas observados eram semelhantes aos das pessoas que sofrem algum tipo de derrame cerebral, neste caso, sem manifestar paralisação de quaisquer membros de seu corpo.
Não menos misteriosa e chocante foi a morte de Uyrangê Hollanda, que tornou-se motivo de acirradas discussões entre pesquisadores e simpatizantes do assunto. Em 02 de outubro de 1997 Uyrangê Hollanda teria se enforcado no quarto de sua casa, situada num condomínio em Iguaba, pequena cidade do litoral carioca. No momento do suicídio, estavam em casa a sua filha e uma enteada. O coronel que estava afastado da FAB há sete anos e que há menos de dois meses de sua morte havia concedido uma bombástica entrevista à Revista UFO narrando detalhes estarrecedores de seus avistamentos e registros na selva. Recentemente, acessamos informações que asseguram que, para se matar, ele teria usado uma corda e não o cinto do roupão de banho, como fora divulgado anteriormente. Com uma extremidade da corda presa ao pescoço e outra à cabeceira da cama ele teria subido sobre a cabeceira e saltado no vão, ao lado de sua cama.

Sua morte teria sido causada por asfixia, devido ao fato de ter quebrado o pescoço e não por enforcamento, como se supõe. Consta que, no momento do suicídio a filha e a enteada o encontraram-no já morto ao lado da cama e, inclusive, alguns vizinhos também teriam visto seu corpo ainda no quarto, logo após o suicídio.

Fatos implicantes vêm reforçar a teoria de que não teria ocorrido suicídio (como defende parte considerável dos pesquisadores do assunto), mas sim, assassinato. Recentemente, uma nova teoria vem surgindo, dando conta de que não teria havido morte alguma (pelo menos, naquela época) e que o coronel teria se safado do país com outra identidade, visando com isso, encerrar de vez o assunto “Operação Prato”, vez que a FAB já saberia de antemão sobre a natureza daqueles fenômenos e tudo mais que estava a ocorrer de misterioso na região Norte do Brasil e, por algum motivo, não desejaria tornar públicos tais fatos.

Dos detalhes mais reflexivos que acercam a morte do coronel fica algumas incógnitas: Há quem afirme que ele estava sofrendo de alcoolismo e afundado em dívidas. Mas soubemos que, poucos meses antes de sua morte, o coronel teria vendido um caríssimo apartamento que possuía na orla marítima e mudado para uma modesta casa em Iguaba, local em que veio falecer. Há também, informações de que Hollanda se desfez de outros patrimônios pessoais, pouco antes do dito falecimento.

Sobre a polêmica da morte do coronel Hollanda, um dos colaboradores anônimos (de alta confiabilidade) da Operação Trilha, que recentemente pesquisou diversos aspectos do suposto suicídio de Hollanda, nos forneceu algumas informações bastante interessantes que vêm a seguir. Este nosso informante, após visitar a cidade de Iguaba e fazer diversas constatações, nos afirmou: “Agora sim, estou absolutamente convencido da morte do coronel Hollanda. Conversei com inúmeras pessoas nas proximidades da residência dele e pude verificar diversos detalhes”.
1) Hollanda mudou-se para Iguaba em 1997. Residiu primeiramente num prédio de nome “Solar das Rosas”, no apartamento nº 301, de frente para a praia. Não foi possível saber de onde havia chegado para residir em Iguaba, se de Belém ou de Cabo Frio;

2) O coronel morou neste imóvel nobre por sete meses. Segundo nosso informante, ele estava inteiramente endividado, a ponto de os credores baterem à sua porta com freqüência e não serem atendidos;

3) Não possuía nenhum amigo, ninguém lhe visitava e assim, vivia seus dias em profunda depressão;
4) Freqüentava um barzinho a 20 metros de seu condomínio e lá banhava a alma na cerveja diariamente.
Segundo nosso informante, passados sete meses o coronel mudou-se para outro endereço, num condomínio bem simples chamado “Dom Vital 1”. Por esta ocasião, sua visível depressão aumentava cada vez mais. A mudança teria sido feita com a intenção de livrar-se, pelo menos temporariamente, dos credores que lhe procuravam constantemente, contudo, jamais foram reveladas as origens de tais débitos contraídos pelo coronel.

Afirma nosso informante sobre o suicídio que, de acordo com pessoas presentes no interior da casa no momento em que chegaram a polícia e os bombeiros, não estaria correta a descrição conhecida e divulgada oficialmente acerca da morte do coronel. Vizinhos que adentraram a residência e foram ao andar superior onde Hollanda teria se suicidado, observaram que ele estava com uma "corda mesmo" no pescoço e não com o cinto do roupão de banho, conforme consta na versão divulgada.

A morte de Hollanda deverá ser perpetuamente, um ponto obscuro contendo improváveis esclarecimentos, sobretudo pelo fato de sua família não mais ser localizada (exceto os irmãos), após sua morte e, certamente, mesmo se o fosse, não desejaria prestar nenhum esclarecimento a respeito do assunto.
O pesquisador Daniel Rebisso Giese, também foi sem dúvida, um dos mais destacados pesquisadores dos casos amazônicos. Autor do primeiro livro a abordar os fenômenos amazônicos Vampiros Extraterrestres na Amazônia (Independente, 1991), pesquisou de perto as notórias ocorrências de uma forma desenvolvida por poucos pesquisadores. Outro que merece destaque nas pesquisas destas ocorrências é amazonense Manoel Gilson Mitozo, que percorreu alguns pontos da imensa região amazônica e constatou casos incríveis, alguns dos quais, publicados no passado pela Revista UFO. Também o norte-americano Bob Pratt, não pode deixar de ser citado como carta de destaque neste baralho ufológico. Pratt que mantém o site www.bobpratt.org disponibilizando diversas informações acerca dos casos brasileiros é autor do livro Perigo Alienígena no Brasil (CBPDV/Revista UFO) que destaca inúmeros casos ocorridos em uma grande região visitada por ele. Inclusive, viajou ao lado de Flávio, Hollanda e Pinon para localidades distantes, situadas a oeste de Belém. Rebisso e Pratt são convictos - assim como a maioria dos pesquisadores do assunto -, de que a causa dos fenômenos amazônicos seja de natureza extraterrestre.

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