quarta-feira, 19 de junho de 2013

A loja mafiosa do P2



P2 é a designação mais comum para a Loja Maçônica italiana
Propaganda Due (Propaganda Dois).

A questão P2 veio a público com a incriminação de Michele Sindona no Escândalo do Banco Ambrosiano, no qual o Banco do Vaticano tinha muitas ações. A Loja P2 esteve envolvida na
Operação Gladio – Gladio era o nome das organizações paramilitares nos bastidores da OTAN. Entre 1965 e 1981, tentou condicionar o processo político italiano através da penetração de indivíduos da sua confiança no poderjudicial, no Parlamento, no exército e na imprensa. Além da Itália, a P2 também
tinha atividades no Uruguai, Brasil e especialmente na “Guerra Suja” da Argentina (com Raúl Alberto Lastiri, Presidente por escasso período de Julho de 1973 até 12 de Outubro de 1973; Emilio Massera, que foi membro da Junta Militar de 1976 a 1978, liderada por Jorge Rafael Videla e José López Rega, Ministro das Obras Sociais no governo de Péron e fundador da Aliança Anticomunista da
Argentina).


  P2 FUNDAÇAO

A P2 é recente

A Loja foi fundada em 1877, sob o Grande Oriente d’Italia (Grande Oriente de
Italia) como uma Loja para membros que não poderiam freqüentar as suas próprias
Lojas. Na década de sessenta, tinha apenas 14 membros permanentes, mas quando
Licio Gelli passou a administrar na década de sessenta e setenta, passou a mais
de 1000 membros no espaço de um ano (na maior parte provenientes da elite
italiana). A expansão era certamente ilegal, pois os funcionários públicos são
geralmente proibidos de fazerem parte de sociedades secretas.
Em 1976, as autoridades maçônicas retiraram o apoio à Loja expulsando Gelli da
Maçonaria.A Cia ajudava a P2, foi a cabeça dos movimentos anti comunistas em todo o mundo.
Como uma espécie de loja de direita, como hoje é a ORDEM OPUS DEI, defendendo a ideologia de
direita.

Comissão Parlamentar dirigida por Tina Anselmi

A Loja foi
examinada por uma comissão especial do Parlamento Italiano, dirigida por Tina
Anselmi da Democrazia Cristiana. A conclusão da comissão foi que se tratava de
uma organização criminosa secreta, mesmo não sendo encontradas provas
específicas sobre os crimes cometidos. Alegações acerca de relações
subreptícias internacionais, sobretudo com a Argentina (Gelli sugeriu
repetidamente que era um amigo próximo de Juan Peron) e com algumas pessoas
suspeitas de pertencerem à CIA foram também parcialmente confirmadas mas
rapidamente um debate político ultrapassou o nível legal da análise.

 P2 BRAÇO POLITICO USADO PELA CIA
De acordo com uma entrevista dada pelo ex-agente da CIA, Richard
Brenneke e Ibrahim Razin ao jornalista da RAI, Ennio Remondino, a P2 recebeu
efetivamente fundos da CIA e esteve envolvida igualmente no caso Irão-Contras
tal como na estratégia de tensão; aparentemente a CIA suportou a ideia pela sua
determinação em fabricar um Golpe-de-Estado caso o Partido Comunista subisse ao
poder. Devido à importância destes assuntos, esta entrevista deu azo a uma
carta escrita por o Presidente Italiano Francesco Cossiga ao Primeiro-Ministro
Giulio Andreotti.


“P: Peço perdão, mas a sua declaração é muito séria. Você diz que a P2 foi uma
criação, o braço financeiro e organizacional da CIA para desestabilizar, para
realizar operações especiais na Europa?”

Richard Brenneke: Não
há dúvidas. A P2 desde o início da década de setenta foi usada para o tráfico
de armamento, para a desestabilização de forma encoberta. Foi feito em sencretismo
para manter as pessoas longe do envolvimento do governo dos EUA. Em muitos
casos foi feito diretamente através de escritórios da CIA em Roma e outros
casos através de centros operacionais da CIA noutros países.”

Richard Brenneke: “A P2 esteve envolvida na operação pela qual eu próprio
acabei em tribunal, isso foi o adiar na autorização das hostilidades americanas
ao Irão em 1980” (conhecidas como “Surpresa de Outubro”)
 Os escândalos da P2 fez a maçonaria comum rejeitá-la como
ordem maçônica.

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