Julio nunca fora atento ao assunto a respeito de Aliens. Porém ele sabia que o que ele tinha visto segundos atras não era, de modo algum, de nosso planeta. Aquele ser cinzento e baixo devia ser o tal Grey, tão falado por ai.
E o que fazer? Dois destes seres estavam em seu pequeno apertamento no Rio de Janeiro, ele estava deitado em sua cama quando os viu em seu quarto próximo a janela. Sua atitude foi correr e apesar da tentativa de controle telepático por parte de um dos cinzentos, ele continuou. Mas não havia pra onde ir quando os greys ficaram entre ele e a porta.
E o que fazer?
Gritar? Com o som alto vindo do baile funk em frente o seu prédio ninguém o escutaria. Nono andar é terrível, impossível pular.
''Pense rápido'' o jovem pensa consigo mesmo. Os greys se aproximam dele e ele pega seu telefone celular e parte em direção ao banheiro se trancando lá dentro. Porém, a rede está sem sinal.
Tentando raciocinar direito e entender o que estava ocorrendo, ele não tirava de sua mente os pesadelos com aqueles seres nas ultimas cinco noites. E o que falar sobre o arranhão em seu braço esquerdo, e os hematomas roxos em suas ambas as coxas?
Ele já ouvira falar que os greys são fracos fisicamente, contudo possuem grande potencial mental e tecnológico; e ele não era nenhum magrelo, talvez pudesse enfrenta-los, derrubando-os e pudesse sair dali. Mas também já ouvira falar na radiação mortal emitida pelos seres cinzas.
4 minutos se passaram desde que ele adentrou ao banheiro e o silêncio tomou conta do ambiente. Considerou aquilo esquisito, '' Cade os greys?'' sussurrou. Apesar do som alto provindo da festa de funk ali perto, ele ouviu alguém bater na porta de seu apartamento. Duas, três, quatro, cinco, seis batidas. Ele ouve seu nome ser chamado, era sua vizinha Rebeca, talvez seu bebe de cinco meses estivesse com febre ou passando mal e ela foi pedir ajuda a Julio que cursa medicina. Ela insiste no chamamento por Julio e ele sai do banheiro, sem sinal dos cinzentos, ele sabe que pode ser uma armadilha, mas vai até a porta e abre:
_ Oi, desculpa incomodar, mas o meu filho Marcos está tomando uns remédios contra uma infecção, e eu acabei me confundindo com os remédios, será que pode me ajudar?
Ela nota que ele está meio pálido de medo e sem muita reação e indaga:
_Você está bem?
Ele olha pro corredor do prédio e concorda com a cabeça dizendo que está bem e diz
_Sim, vou ir lá ajudar
Ele fecha a porta de seu apartamento e chegando no dela vê algumas caixas de remédio, ele antes de tudo pergunta se pode ir até o banheiro. Ela acha estranho, mas diz que sim.
Julio molha o rosto e respira, conta até 10, sabe que isso ajuda nos momentos de irritação, estresse e nervosismo.
Se olha no espelho, seca seu rosto e pensa no que fará depois que sair do apartamento de Rebeca, pois pedir para dormir ali seria estranho. Ao olhar novamente para o espelho ve os aliens, desta vez tres, furioso pega uma garrafa de creme ali presente e joga na direção dos seres cinzentos.
Mas eles somem, seria aquilo sua imaginação pregando uma peça?
Rebeca assustada pergunta se está tudo bem, ele logo abre a porta e diz que esbarrou em um pote de creme.
Ele então prossegue até o remédio, olha eles, analisa, conversa com ela sobre eles. Um pouco tremendo, mas não deixando transparecer ele pede água. Ela vai ate a geladeira, e de repente berra muito alto, um grito extremamente agudo de dor de modo que os vizinhos mesmo com baile funk ali poderiam ouvir.
Julio se assustar com o berro extremamente alto, se apavora, se levanta e vê que ela pisou em um prego. Ela ainda com muita dor exclama que não havia deixado nenhum prego ali. O neném acorda chorando, neste momento Rebeca simplesmente cai no chão, Julio corre até ela e a nota sem vida
_Ei? Rebeca?
Ele vê o ferimento em seu pé esquerdo, e o prego, e o sangue.
Chama-a, chama-a, empurra-a, mas ela está sem vida. Sem saber o que fazer, uma luz surge na janela, um objeto quadrado, forma geométrica diferente, voando, planando ali sem fazer barulho, imperceptível aos ouvidos, logo um trambolho daqueles. Uma luz como que em um jato vai a sua face e ele sabe que aquilo é um ufo, deles, dos cinzentos. Sentindo algo puxando-o ele corre ate uma janela próxima na tentativa de pular a prédio próximo, na janela vê alguns jovens saindo do baile, mas no seguinte segundo a luz o atrai para a nave.
Sedado e tonto, zonzo, tudo gira a sua volta. Ele esta em uma mesa, tudo a sua volta é luz branca, como em um hospital. Cheiro forte de enxofre. Os cinzentos estão ali. Ele sente uma outra picada, seus olhos pesam, ''Será que vou morrer? Não quero estar morto'' são seus últimos pensamentos ali..
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