Já estava escurecendo. E como eu estava muito cansado, logo
a Mergueritta notou e preparou minha dormida. Antes de dormir, tomei um banho e
fiz um lanche. Comi uma torta de cor azulada. Era feita de uma fruta chamada Kainol.
Apesar do nome estranho, a torta era deliciosa. Em seguida fui dormir.
Acordei com muita sede, e resolvi ir até a cozinha. Peguei
um copo. Todos os copos eram bem finos, e como os demais móveis e objetos da
casa, eles eram fluorescentes. Enquanto colocava a água no copo, ouço passos. Viro-me
e vejo uma garota baixa, cabelos negros, pele branca, e olhos azuis como o mar.
Parecia uma humana qualquer. Era linda... Com certeza era a Lisabel.
Lisabel: -
Olá!
Eu: - Oi.
Lisabel: -
Só vim pegar uma água. Felipe né?
Eu: - Sim.
Lisabel né?
Lisabel:
Sim. (risos). Vou voltar pra cama. Até amanhã Felipe.
Eu: - Até
amanhã.
Também
voltei pra cama e fiquei pensando em tudo que tinha ocorrido desde que cheguei
neste surpreendente mundo. Então adormeci...
Ainda era de
madrugada quando ouvi gritos e choros desesperados pela casa. Corri para ver o
que estava ocorrendo. Fui até o “esconderijo” do Antônio, era o lugar que
Mergueritta, sua mulher, tinha me levado através do elevador. Chegando lá me
deparo com Mergueritta caída no chão. E seu marido e filhos chorando muito ao
redor dela. Não entedia o que estava acontecendo, e logo perguntei:
- O que
ocorreu aqui?
- Ela ouviu
um barulho estranho vindo daqui de cima. Eu disse que não era nada... Não era
pra eu ter a deixado sair da cama. Ela agora está morta por minha culpa. Por
minha culpa... Eu não dei ouvido a ela, e a deixei subir aqui. A culpa é
minha... Ela está morta. – Disse Antônio aos choros.
Calma
Antônio! Quem fez isso com ela? – Perguntei.
Alguém a
sufocou. Só podem ter sido eles pai que fizeram isto com a mamãe. – Indagou
Marcos.
Sim Marcos,
foram eles. Veja que deixaram aquela marca na testa dela. Dois triângulos um
dentro do outro. E cada triângulo feito de três pontinhos negros. – Disse
Antônio.
- Quem são
eles? E qual o interesse em matarem sua esposa Antônio? – Perguntei ainda sem
entender os verdadeiros motivos para o que tinha ocorrido.
Eles... Eles
mataram minha esposa. Covardes! – Disse Antônio aos prantos
Antônio e sua família estavam muito abalados para responder
qualquer coisa naquele momento. Preferi não insistir sobre o porquê do
assassinato. Amanheceu, e levaram o corpo de Mergueritta para uma espécie de
crematório. Ali havia muitos
computadores de alta tecnologia nunca vistos na terra. Colocaram Mergueritta em
um tubo para ser cremada, mas antes a sua família escolheu através de um dos
computadores digitais um tipo de baú para ser posto as suas cinzas. E, Por fim,
escolheram um lindo mar azul por onde o baú viajaria. Vimos também por uma tela
o baú caindo no mar. As sensações, o cheiro, aquele vento, pareciam sair da
tela. Era tudo muito real...
Estávamos
voltando para casa quando encontramos no meio do caminho um grande amigo de
Antônio, Mapudino seu nome. Ele era alto, e bastante branco.
Antônio: -
Oi Mapudino! – Disse com a voz desanimada.
Mapudino: -
Oi. Soube o que houve. Sinto muito amigo.
Antônio: -
Só não me conformo de ter a deixado sair da cama. De tê-la deixado ir sozinha
ate aquele laboratório.
Mapudino:
Não fica assim Antônio. Ninguém sabia que essa tragédia iria acontecer.
Antônio: Mas
ela me alertou. Disse que tinha ouvido um barulho estranho. E eu nem liguei pra
ela... E têm mais, eles levaram aquele objeto que eu tanto tentava manter em
segurança.
Mapudino:
Temos que recupera-lo urgentemente Antônio! – Falou com um tom desesperado. Você
sabe que se ele for usado de forma errada, pode acabar com a vida de todos nós.
Lembrando que as autoridades maiores deste mundo não podem saber de nossa
criação, já que ela ainda está em fase de experimento, ou seremos banidos daqui
para um mundo sem vida.
Comecei a
ficar nervoso com a possibilidade de todos morrerem, e perguntei: Que objeto é
este? Porque todos podem morrer?
Calma
Felipe! Você saberá de tudo amanhã. – Disse Antônio. Mapudino convoque todos
aqueles que fizeram parte do projeto para nos reunirmos em minha casa amanhã,
certo?
Sim, farei
isso. – Respondeu Mapudino.
Despedimo-nos
de Mapudino, e fomos embora. Enquanto isso estava pensativo e ansioso pelo dia
de amanhã. As dúvidas que perturbavam minha mente naquele momento, finalmente
seriam respondidas.
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